Construção 2016

Nos dois primeiros meses de 2016 trabalhei pouco. Apenas pintei, externamente, as cabines e conveses bem como metade interna da cabine de boreste.

No mês de janeiro foram 20 horas trabalhadas e em fevereiro 25 horas, um fiasco de desempenho, mas o barco tá muito bonito.

Também gastei uns trocados com fita crepe, thiner, solvente para o primer (GTA 220), um galão de tinta branca (Interthane 990). Aproveitei para encomendar um adesivo (R$100), para tentar fazer uma pintura no costado.

Ao todo foram gastos R$ 441,82 o que elevou o custo total da obra para R$27703,51 e o total de horas trabalhadas para 1097. Creio que extrapolei a previsão do projetista de 700 horas para esta construção, só um pouquinho a mais e ainda não terminei.

Na foto abaixo as gaiutas em seu lugar, com a pintura completa.


Como podem ver, fiz uma dobradiça para as gaiutas. Creio que vão funcionar!


Aproveitei para colar as borrachas de vedação.


Esta é a tampa do paiol de proa, com a vedação concluída.

Março de 2016 

Estou finalizando algumas coisas.

Instalei o policarbonato nas vigias e também um opcional na entrada das cabines.


Agora a entrada das cabines têm duas tampas, uma em madeira e outra em policarbonato (veja a tampa em madeira na primeira foto desta página)


Acima a vigia da cabine. O policarbonato é translúcido, na foto fica imperceptível.

Fiz uns "frufru" nos costados!


Pintei no costado interno, pois no externo nesta região, creio que vai o nome da embarcação.


Não ficaram perfeitos, mas até que ficou bem legal.

Próximos passos: fazer a parte elétrica; a carangueja da vela mestra; providenciar o registro do barco.

No final deste mês consegui instalar o rádio VHF, a bússola e iniciei a elétrica.

Total de horas trabalhadas = 1112,5
Custo total = R$ 27.878,51

Abril de 2016

A instalação elétrica tá meio complicada afinal, não dá pra esconder a fiação e os componentes são comprados a vulso, instalo e se não ficam do meu gosto refaço.
Isso aconteceu com a caixa de chaves e fusíveis, a que comprei se mostrou pequena. Tudo bem, comprarei outra na Santa Ifigênia.

Instalei a bússola dentro da cabine, de forma que possa vê-la estando sentado ao lado da cabine.
A foto a seguir mostra como ficou.


Estando sentado dentro da cabine é ainda mais fácil ler a graduação.
Veja abaixo.


Instalei um inversor de tensão de 1000 watts. O problema é que os cabos que acompanham o inversor são curtos (40 cm) e os conectores não se encaixam bem aos bornes, por causa da solda próxima a furação, não dava pra apertar adequadamente.
Solução: comprar cabos no comprimento certo (o inversor está fixo a antepara e a bateria, abaixo do beliche), comprar os conectores e isoladores termocontrátil, abrir um furo no beliche e montar tudo.
Ah!! não vamos esquecer que estes inversores não têm furação para a fixação, portanto, coloquei uma borracha na base e fixei tudo com abraçadeiras de plástico.
Vejam o resultado.


A iluminação fiz com fita de led de aproximadamente 60 cm, em cada compartimento.
O problema é que estas fitas não aderem muito bem a tinta assim, usei um pouco de cola quente. mas pra falar a verdade ainda não gostei do resultado.
Em cada compartimento têm um interruptor, mas estes também não aderem a superfície. vou pensar em algo pra resolver essa encrenca.

O principal da elétrica foi feita no casco de boreste, como nas fotos anteriores. Para a casco de bombordo, a coisa fica bem mais simples e o bom é que encontrei um plug a prova d´água, para a fiação entre os cascos.

Também andei trabalhando na carangueja da vela mestra. No projeto original, esta peça é feita por colagem e curvando-se quatro peças de madeira e finalizada com o arredondamento do conjunto.
Na minha opinião este método é um tanto trabalhoso e é claro fiz diferente.
A partir de um caibro maciço, desenhei a peça e cortei numa serra de fita, por fim arredondei o conjunto.  O que sobrou do caibro vai ser usado na construção de um suporte para o transporte do barco.



A carangueja com a primeira demão de resina epóxi, quase pronta.

Horas trabalhadas no mês: 23
Total de horas trabalhadas: 1135,5 horas
Gastos do mês:R$ 386

Custo total: R$ 28264,69

Maio de 2016

Bem, a elétrica está praticamente terminada, faltando apenas instalar a bateria (depois que eu a comprar) e vedar os furos que fiz na cabine.

Também ajustei as dobradiças das gaiutas. após isso a chuva veio com força o que me permitiu trabalhar apenas 12 horas em todo o mês de maio.

Aproveitei para comprar e cortar as tábuas que vão compor as vigas de união dos cascos.
As tábuas são de "Cambará", ao todo comprei sete. O único problema e que tive de jogar fora duas, devido ao grande número de defeitos (podre). Comprei essas tábuas na rua do Gasômetro, local famoso por seu comércio de madeiras, mas pra falar a verdade fiquei muito decepcionado. Como pode um antigo comerciante de madeiras enviar madeira neste estado para o cliente???
Vou reclamar! Afinal foram 700 reais.

Fora estas mazelas, consegui tábuas de Jequitibá em uma madeireira próximo de casa e cortei tudo numa marcenaria.

Total de horas trabalhadas: 1147,5 horas
Gastos do mês:R$ 1019,80
Custo total: R$ 29284,49

Junho de 2016

Iniciei a montagem das vigas.

A viga a ré da cabine está tomando forma.


Esta é mais uma daquelas etapas onde faltam sargentos. Tenho apenas 20, o ideal seriam 40.


Novamente, os cavaletes que fiz no inicio da construção, foram muito úteis.


Acima e abaixo a colagem a porção inferior da viga.


No final do mês a situação é esta;
As vigas a frente e a ré das cabines estão quase totalmente filetadas.
A viga frontal, apenas cortei as madeiras, mas penso em jogar tudo no lixo. Têm muitos defeitos (madeira podre) isso não serve pro meu barco.

Vejam a seguir como estão as vigas.


Abaixo um detalhe dos reforços.

Região frontal.

Região a ré da viga.

Total de horas trabalhadas: 1170 horas
Gastos do mês:R$ 267,00
Custo total: R$ 29551,49

Julho de 2016

O trabalho nas vigas segue firme. Agora, pra colar as madeiras só uso resina com Sílica Pirogênica (Aerosil) é mais fácil de trabalhar, faço de forma que não escorre (uso 7% de sílica).

Minha esposa tirou umas fotos minhas enquanto trabalhava nas vigas. Creio que representam bem a construção amadora.


Estou construindo as vigas na garagem do prédio onde moro. Os vizinhos devem estar suuupperr contentes!


Ao invés de três vigas vou fazer quatro. Acima, ao meu lado, está a viga que vou acrescentar na popa, pretendo instalar uma plataforma na popa ou uma rede, a qual me permita ir até próximo aos lemes. Mais tarde pretendo fazer um leme de vento, o qual ficará a popa. Mas isso é outra história!

No momento tenho três vigas em construção, faltando a viga frontal, cuja madeira que comprei joguei no lixo pois tava muito ruim. A resina epóxi acabou portanto, vamos as compras.

Em julho trabalhei 12 horas e em agosto 17 horas, o que totalizou 1199 horas de trabalho e custo de R$30042,32  .

Setembro de 2016

Tenho que confessar: A viga do mastro ficou um pouco inclinada para trás, A construção das vigas inicia com a junção de três partes cuja secção transversal corresponde a um "C". Foi neste ponto que houve o problema, com um deslocamento de aproximadamente dez milímetros na porção central.


Como na foto acima, creio que houve problema na perpendicularidade do corte na madeira. Dessa forma, a alma da viga ficou inclinada. O que fiz foi aplainar a parte superior da viga para ficar paralela a base e acrescentar reforços de madeira no interior do "C" . Espero que seja suficiente.

Ademais, preparei o cabo de aço previsto e colei a cobertura e reforços no pé do mastro.

Falando em reforços do pé do mastro, fiz algumas mudanças em relação ao projeto pois, é previsto um chanfro nas extremidades desses reforços  e eu não tenho ferramentas pra fazer este chanfro portanto, apenas arredondei os cantos e acho que tá bom. Vejam a seguir o resultado.

  Reforços para o pé do mastro.

A viga com a cobertura  e aberturas para a fixação do cabo de aço.

Mais uma foto da viga, só pra tentar mostrar direito.

A propósito, as vigas que estou construindo não tem madeira compensada, é tudo maciça e sem aquele monte de recorte na base da viga. Creio que no método original há um grande desperdício de cola (resina), e sarrafos colados ao compensado devem entortar mais que minhoca.

Findo o mês de setembro e nada de terminar as vigas. Neste mês fiz também a viga frontal, faltam poucos detalhes e pintar tudo. As vigas são muito semelhantes, por isso creio que não são necessárias outras fotos, farei isso quando estiverem pintadas.

Total de horas trabalhadas: 1222 horas, este mês 23 horas
Gastos do mês:R$ 171,73
Custo total: R$ 30214,05

Outubro de 2016

Mês vergonhoso, trabalhei só oito horas no barco mas dei inicio a documentação necessária junto a Capitania dos Portos de São Paulo. Assim que a documentação estiver concluída, pretendo transportar o barco para uma marina e terminar o trabalho.

Aproveitei a ida a Santos para comprar minhas primeira cartas náuticas, uma geral do porto de Santos e uma de detalhe da parte sul do porto.
Claro que fui assaltado, pois cada uma custou R$130, pra falar a verdade gostaria de imprimir eu mesmo as cartas, mas pelo visto isso não é possível. Têm um fornecedor oficial da Marinha, no Rio de Janeiro, o qual envia por correio. Lá cada carta custa em médio R$95 mais frete, ... ah é obrigatório ter as cartas impressas para se navegar, não basta apenas as eletrônicas, então não têm jeito!!

Total de horas trabalhadas: 1230 horas, este mês 8 horas
Gastos do mês:R$ 271,00
Custo total: R$ 30485,05

Novembro de 2016

Fui convidado a dar uma entrevista, coisa chique ehm !!
Sem pretensões, pois sou um simples construtor amador. Nesta entrevista falo um pouco sobre mim, minha trajetória na vela e um pouco da vida pessoal. Vejam o conteúdo em:  http://trabalheseusonho.com.br/entrevista-sonho-de-construir-um-barco/

Neste site podemos encontrar vários relatos de viagens, das mais variadas formas, e estilos de vida.
Vale a pena!!

Voltando ao meu barco, consegui aplicar o Galverette nas vigas, num dia de sol onde nenhum vizinho estacionou na "cabine de pintura do prédio".

Vejam a seguir as fotos.


Agora dá pra ver os defeitos e corrigi-los com massa epóxi com micro esferas de vidro.


A viga do lado esquerdo é a do mastro, depois a viga a ré da cabine e na sequência a viga da proa, nesta fiz uma suporte para passagem do cabo da âncora.

Agora estou me especializando em fiasco na construção afinal, neste mês trabalhei apenas nove horas!

O Engenheiro Naval visitou minha construção, conversamos bastante mas não deu pra falar em uma hora o que se desejava falar e trocar informações de anos..

Total de horas trabalhadas: 1239 horas
Gastos do mês:R$ 680,00   (comprei mais Galverette, Primer e Tinta)
Custo total: R$ 31166,65

Dezembro de 2016

Bati mui "recorde", trabalhei seis horas e não gastei um "puto".
Ando meio apreensivo: onde trabalho estão atrasando os pagamentos, isto não combina com construção de barcos. Vamos devagar mesmo.

Recado ao Engenheiro Naval : Fique tranquilo, vou pagar seus honorários!!

Total de horas trabalhadas: 1245 horas
Gastos do mês:R$ 0  
Custo total: R$ 31166,65

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